Muitas vezes já ouvimos e já falamos a frase descrita acima
e muitas vezes ela não é propagada com calma, caixa baixa e respeitando o tempo
de cada palavra, rs.
O que causava-me um certo desconforto por que uma vez
escutei de um mestre que “os “outros” fazem parte de mim”. Então logo o que
vejo no outro é uma parte de mim e não do outro...
A princípio “rejeitamos” tudo aquilo que não nos parece
familiar (calma estressadinho, aqui é o oásis da discordância no deserto da concordância).
Não estou convidando você a falar sobre bulling, haters e todos os tipos de pré
conceitos, julgamento... Enfim todos os pres que você quiser. Tudo bem que as
vezes isso seja uma forma de expressão do que alguns estudiosos chamam de
espelhamento.
Ou Unheimlich com Freud chamou, ah e foi mal eu não sei
falar isso não. Ele chama de unheimlich
tudo aquilo que deveria ter permanecido secreto e oculto mas veio a luz.
Durante seus estudos
notou que nas interações sociais, o indivíduo utiliza de seus banco de dados (todas
as experiências, sentidos, significados, crenças e valores... e muito mais
coisa para interpretar o mundo em que está e poder interagir com eles)*.
Quando estamos diante de algo que precisa ser REconhecido como
tal... ele primeiro precisa ser CONHECIDO. Logo quando uma criança fala que não gosta de
sei lá brócolis é por que de alguma forma ou maneira ela já teve contato com brócolis,
seja experimentando ou observando a vivencia de outras pessoas e concluiu que brócolis
não é gostoso. E que ele prefere chocolate.
Logo quando apontamos algo ou alguém estamos fazendo simplesmente
Unheimlich (algo que deveria ter permanecido secreto ou oculto, mas veio a luz)
seja por algo que gostamos ou não.
Algo startou (algo externo que gerou uma emoção fazendo o
seu cérebro buscar dentro das bilhões de experiência e significado algo similar
para enfim você reagir) e para ter significado esse algo já deve ser familiar a
você, seja por vivencia ou herança familiar – que futuramente podemos falar
sobre.
E calma bravinhos de plantão – Também não concordo com a máxima
que dentro de todo homofobia existe uma Elke Maravilha querendo sair (Ah e Elke
te amo tá, não se sinta depreciada por que você não é).
Mas ele startar seja para brócolis, para opiniões
divergentes, seja para a tolha molhada largada na cama. E como fazer para que não
starte e não vire uma guerra homérica?
Simples: troque o significado. Calma estou falando que é
simples e não que é fácil.
“Ah mas eu não gosto de toalha molhada...”
Tudo bem, está tudo bem... Como disse você tem todo o
direito de não gostar, todos nós não gostamos de tudo; apesar do que as redes
sociais mostram (isso também é post para outro post...rs)
Mas como fazer, quando isso acontece em um relacionamento?
Conte para o seu amor que você não gosta de toalha molhada
largada, que você preferiria que ele coloca-se para secar em x lugar ou vocês dois
podem chegar a um consenso de onde fica a toalha em vez de engulir a fúria startada
por uma emoção que gerou sentimento negativo e criou um significado, azedando a
relação por causa de falha de comunicação.
Não temos o controle e nem conseguimos alterar como as situações
chegam até nos, mas podemos modificar como entendemos a situação e como
reagimos diante dela. Seja agindo, comunicando ou apenas observando.
É incrível perceber que de tudo que venho lendo sobre
relacionamento parte sempre de uma boa comunicação...
*Nota explicativa: Eu não sou psicanalista e não sei se a explicação
a cima pode ser interpretada como correta, já que estou usando “o meu banco de
dados, para interpretar Freud”.

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