“ A distância que você tem com os outros é a mesma distância
que você tem consigo...”
Eu não entendi essa frase, na verdade eu ainda não entendo,
ou entendo em partes. E é por partes que seguiremos. Quando parei para pensar
sobre esse capitulo, lembrei do filme quem somos nós. Em uma parte do filme um
cientista conta como codificamos e sentimos o mundo. Ele conta que possivelmente
o primeiro indígena que avistou as caravelas pela primeira vez provavelmente não
a viu ou se conseguiu ver explicou a seu companheiro de tribo como algo de
outro mundo ou algo rudimentar já que ele estava utilizando os recursos e
conhecimentos que tinha.
Ai paramos: O que os indígenas, os desbravadores, um bando
de cientistas em um filme sobre metafisica poderia falar sobre os desafios de
relacionamento? Bom para mim, Muito... Já que já falamos sobre em alguns post atrás
sobre “unheimlich” e sobre “banco de dados”.
Superficialmente, mas falamos...
Como conseguiremos dar e/ou demonstrar amor se as vezes não sabemos
o que é amar ou ainda não sentimos amados... E calma, sentir e demonstrar amor
é algo subjetivo e muito pessoal. Mesmo compreendendo que há muitos estudiosos
que estudam e buscam critérios para exemplificar desse fenômeno.
Para amar busco dentre experiências e vivencias um sentido e
significado para amar algo ou alguém. Geralmente a discussão nasce a partir de duas
ou mais visões diferente sobre o mesmo objeto e se as pessoas envolvidas não se
permitir observar, sentir e significar o mundo pelos olhos do outro (a famosa
empatia – que está na moda) e a partir daí mostrar sua forma de ver o mundo e
caminharem para uma compreensão maior do que antes era estresse e muito ponto
de interrogação.
Essa é graça dos relacionamentos e de viver em sociedade, não
é uma competição infindável de quem está certo ou errado, quem ganha e quem
perde, o temível “alguém terá que ceder”... Mas um constante descobrir e redescobrir
cores, sensações, emoções, sentido para tudo que nos rodeia.
Estar em um relacionamento, para mim, é quando dois, três,
ou quantas você achar que cabem em um relacionamento; que muitas vezes tem crenças,
cultura, costumes, significados, experiências, modos, manias, time de futebol diferentes
que por acaso ou destino decidiram caminhar juntos por um determinado tempo.
E como andar junto se não sei quem sou, o que quero, para
onde levara esse caminho, o que gosto e o que desgosto, se não aceitar cada
pedacinho de mim seja ele bom ou ruim... Mas preciso saber tudo isso antes de
entrar em um relacionamento? NÃO... mas ter uma breve noção já vai ajudar e
muito a evitar as temidas DR.
Se conhecendo permite que você esteja aberta a conhecer o
outro e o outro conhecer a você. Sem medos, receios de falhas e apontamentos infindáveis
ao outro. Quando a escuridão e a chuva de vergonha sobre o que sentimos se dissipa,
o amor floresce.

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